Testes com coelhos sinalizam sucesso em humanos que perderam a visão.
Por enquanto, alguns coelhos são os únicos pacientes privilegiados com o experimento. Mas novos avanços com humanos, em uma pesquisa pioneira no mundo com células-tronco de dentes de leite para reconstrução de córnea, estão sendo alcançados no Instituto Butantã — que completou em janeiro 110 anos — e na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Os animais receberam aplicações das células dentárias na região límbica e recuperaram a visão. O projeto começou há seis anos nos laboratórios do Butantan, ainda de forma tímida.
O limbo ocular é uma espécie de fonte de renovação de tecidos fundamentais para a córnea produzir a visão. “Mas quando a região límbica é afetada por um trauma ou uma doença, a córnea perde a capacidade de regeneração e se torna opaca, comprometendo a visão”, explica autora do projeto, a biomédica Bábyla Geraldes Monteiro, do Butantã.
“Quando o problema afeta apenas um dos olhos, é possível retirar células límbicas do olho saudável do próprio paciente para transplante”, explica o oftalmologista da Unifesp José Álvaro Pereira Gomes, coautor do estudo. “Mas, quando os dois olhos são afetados, a única opção hoje é recorrer a um doador, e sempre há risco de rejeição. Com as células-tronco de dentes de leite, esse risco é muito menor”, diz Bábyla.
Com a nova tecnologia, não será necessário recorrer a doadores de córnea nem o paciente estará exposto à rejeição do órgão. Além disso, não precisará regular o tratamento com o uso de imunossupressores. “As células-tronco de polpas de dentes de leite possuem alto potencial de diferenciação, semelhantes às embrionárias, e não provocam rejeição”, atesta a biomédica do Butantã. Segundo a pesquisadora, esse tipo de célula não causa rejeição porque não possui em sua membrana as proteínas necessárias para que as células de defesa do organismo iniciem uma resposta imunológica.
Fonte: Correio Brasiliense e Portal Open
Estudo Usa Células-tronco De Dentes De Leite Para Reconstruir Córnea
Por enquanto, alguns coelhos são os únicos pacientes privilegiados com o experimento. Mas novos avanços com humanos, em uma pesquisa pioneira no mundo com células-tronco de dentes de leite para reconstrução de córnea, estão sendo alcançados no Instituto Butantã — que completou em janeiro 110 anos — e na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Os animais receberam aplicações das células dentárias na região límbica e recuperaram a visão. O projeto começou há seis anos nos laboratórios do Butantan, ainda de forma tímida.
O limbo ocular é uma espécie de fonte de renovação de tecidos fundamentais para a córnea produzir a visão. “Mas quando a região límbica é afetada por um trauma ou uma doença, a córnea perde a capacidade de regeneração e se torna opaca, comprometendo a visão”, explica autora do projeto, a biomédica Bábyla Geraldes Monteiro, do Butantã.
“Quando o problema afeta apenas um dos olhos, é possível retirar células límbicas do olho saudável do próprio paciente para transplante”, explica o oftalmologista da Unifesp José Álvaro Pereira Gomes, coautor do estudo. “Mas, quando os dois olhos são afetados, a única opção hoje é recorrer a um doador, e sempre há risco de rejeição. Com as células-tronco de dentes de leite, esse risco é muito menor”, diz Bábyla.
Com a nova tecnologia, não será necessário recorrer a doadores de córnea nem o paciente estará exposto à rejeição do órgão. Além disso, não precisará regular o tratamento com o uso de imunossupressores. “As células-tronco de polpas de dentes de leite possuem alto potencial de diferenciação, semelhantes às embrionárias, e não provocam rejeição”, atesta a biomédica do Butantã. Segundo a pesquisadora, esse tipo de célula não causa rejeição porque não possui em sua membrana as proteínas necessárias para que as células de defesa do organismo iniciem uma resposta imunológica.
Fonte: Correio Brasiliense e Portal Open