Nosso cérebro recebe e interpreta informações com um ritmo particular, com base em referências mais ou menos realistas
por Alberto Oliverio
Cada um de nós possui uma espécie de relógio interno que determina, por exemplo, a agilidade com que digitamos as teclas de um computador, a cadência da fala ou a velocidade com que um pianista converte uma partitura em som. Em todos esses casos o cérebro recebe e interpreta informações com um ritmo particular, com base em referências mais ou menos realistas.
Estudos feitos com doentes de Parkinson têm ajudado a desvendar os mecanismos de avaliar o tempo. O Parkinson é uma doença que está associada a funções como controle motor e cognição. Os principais sintomas do distúrbio são, portanto, problemas de motricidade (rigidez muscular, tremores, dificuldades para realizar movimentos) e de memória. Porém, apresenta um aspecto que, apesar de conhecido, é considerado secundário pelos clínicos: a distorção do sentido de tempo. Pessoas com a doença tendem a uma perda de precisão na estimativa de tempo, o que leva a uma desaceleração da maior parte das ações. Isto não envolve apenas dificuldades em executar movimentos, mas também uma percepção deturpada do mundo ao redor.
Alberto Oliverio psicobiólogo, é diretor do Centro de Neurobiologia da Universidade La Sapienza, na Itália.
Fonte: Ver Mente e Cérebro mai/11
O Sentido Do Tempo E O Mal De Parkinson
Nosso cérebro recebe e interpreta informações com um ritmo particular, com base em referências mais ou menos realistas
por Alberto Oliverio
Cada um de nós possui uma espécie de relógio interno que determina, por exemplo, a agilidade com que digitamos as teclas de um computador, a cadência da fala ou a velocidade com que um pianista converte uma partitura em som. Em todos esses casos o cérebro recebe e interpreta informações com um ritmo particular, com base em referências mais ou menos realistas.
Estudos feitos com doentes de Parkinson têm ajudado a desvendar os mecanismos de avaliar o tempo. O Parkinson é uma doença que está associada a funções como controle motor e cognição. Os principais sintomas do distúrbio são, portanto, problemas de motricidade (rigidez muscular, tremores, dificuldades para realizar movimentos) e de memória. Porém, apresenta um aspecto que, apesar de conhecido, é considerado secundário pelos clínicos: a distorção do sentido de tempo. Pessoas com a doença tendem a uma perda de precisão na estimativa de tempo, o que leva a uma desaceleração da maior parte das ações. Isto não envolve apenas dificuldades em executar movimentos, mas também uma percepção deturpada do mundo ao redor.
Alberto Oliverio psicobiólogo, é diretor do Centro de Neurobiologia da Universidade La Sapienza, na Itália.
Fonte: Ver Mente e Cérebro mai/11