POR:Maria de Fátima Abud Olivieri, PhD Maria José Carvas Pedro, PhD. Considerando a velocidade das inovações, através do avanço constante da tecnologia, o ser humano imerge numa rotina sistematizada e angustiante de buscar a todo custo, os valores que o seu subconsciente coloca como fundamentais para a vida e para sua inclusão e/ou manutenção na sociedade. Podemos dizer que sem uma visão transparente sobre as pressões que sofrem as pessoas, e suas reações comportamentais aos estímulos que recebem no meio social, onde o “fechar dos olhos” para as considerações e valores humanos, torna-se uma constante, administrar pessoas ou exercer a gestão de pessoas, acaba sendo uma tarefa insatisfatória, que ao longo do tempo, transforma-se em resultados negativos para o profissional dessa área. Muitas denominações têm surgido, para auxiliar e conscientizar os profissionais da área da saúde, quanto a gestão de pessoas, que a título de conhecimento podemos dizer o neuromarketing, que consiste em mais uma ferramenta de estímulo e a neurociência cognitiva e comportamental, que segundo Kandel, considera uma combinação de métodos de uma variedade de campos biologia celular, neurociências de sistemas, neuroimagem, psicologia cognitiva, neurologia comportamental e ciência computacional – deram origem a uma abordagem funcional do encéfalo denominada neurociência cognitiva. Nesse misto de computador e cérebro, é que se encontra o homem atual, que requer uma habilidade especial para ser compreendido, treinado e estimulado para corresponder às expectativas de um mercado globalizado, onde o fator principal das negociações, está ligado ao ser humano, que é o elemento essencial da vida, o objeto da Gestão de Pessoas. Com a evolução tecnológica e a globalização gerando um mercado em constante mudança como o que se vive, exige de cada profissional um pouco mais de esforço e de cuidado na administração dos bens pessoais e principalmente daqueles ligados a sua atividade profissional. É comum observar-se no caso de profissionais da área de saúde, a falta de preparo para encarar o consultório particular como uma empresa e ainda ser conduzido como tal. O consultório é um negócio como qualquer outro, pois é algo em que se investe e desse investimento se espera a contrapartida de um retorno financeiro. Não bastando ser tecnicamente bom. É necessário, portanto administrar, organizar e controlar tudo muito bem. Ter lucro é um ganho tão merecido, quanto um atleta receber uma medalha por seu desempenho. Afinal foram anos de investimento, na carreira, com estudos, aquisição de equipamentos, materiais de consumo, livros, enfim, nada mais justo e digno do que se ter lucro e saber administrá-lo. Isto demonstra maturidade, organização e competência profissional. O que se observa é que o profissional da área da saúde, em sua maioria, apresenta dificuldades no controle administrativo - financeiro do consultório, causadas muitas vezes por problemas que podem ser facilmente solucionados, conferindo rendimentos mais atraentes. Daí ser de fundamental importância, que o profissional passe a se entender, se ver como uma micro-empresa e portar-se como tal. Porém o que se tem feito na prática sobre isso? Será que em algum momento da vida profissional ele se olhou como um empreendedor? E caso afirmativo, como avaliou seu comportamento? Outro conceito que merece ser modificado é que gestão em saúde significa, busca de diferenciais, de aprimoramentos, de conhecimentos, de qualidade, de priorizar prevenção e promoção de saúde, de cortar gastos desnecessários, administrar recursos e gerar qualidade de vida. O objetivo desta leitura é que ao final, os profissionais entendam a necessidade de gerir seu negócio, bem como de implantar em seu trabalho uma nova cultura de serviço, através da utilização de instrumentos de diferenciação. Que estes profissionais possam perceber que montar um consultório é empreender um negócio e a reclamação do sistema, do excesso de faculdades, do preço dos materiais, das concorrências, da busca de algo ou alguém para colocar a culpa, muitas vezes estão na falta de atitude para com o empreendimento. Nesse sentido, profissional bem sucedido é aquele que sabe empreender. Agir como empreendedor, significa trabalhar numa atividade autônoma transformando seu sonho em prática, para que num futuro gere lucro, qualidade de vida e realização pessoal. Para finalizar, gostaríamos de deixar registrado que as autoras deste artigo, lançaram um livro no início deste ano sobre o assunto, intitulado: “Gestão de Pessoas na Área da Saúde – perfil do Profissional – o qual foi dividido em seis capítulos sendo estes: histórico, empreendedorismo, qualidade em serviços, clientes, gestão de pessoas propriamente dita e finalizando um capítulo destinado ao perfil do profissional da área de saúde e seu comportamento relacionado à gestão, objeto de uma pesquisa de mercado, a qual continua sendo realizada, para mantermos as informações up-to-date. Com o intuito de complementar as informações, as autoras programaram cursos de curta e longa duração, sobre os assuntos tratados no livro citado, que poderão auxiliar os interessados em suas necessidades.