Quando a ciência começou a falar sobre
as células-tronco, as aplicações terapêuticas ainda eram uma incógnita.
Passadas mais de três décadas, o debate ético, religioso e científico continua
em aberto, mas alguns avanços são patentes. O material, que antes era extraído
do cordão umbilical e das células embrionárias (a fonte mais polêmica), agora
pode ser obtido a partir dos dentes de leite. Há muitas vantagens nessa
descoberta.
Os dentes são ricos em células do tipo
mesenquimal, raras no cordão umbilical. “As células mesenquimais são aquelas
que se derivam em qualquer tecido do organismo, mas são apenas 1% das células
do cordão, que têm na sua maioria células hematopoiéticas, que depois originam
células sanguíneas. Por isso, descobrir uma fonte abundante e de fácil acesso é
muito importante, porque elas podem ser usadas em qualquer doença que não as
sanguíneas”, explica Adriana Homem, diretora médica do banco de cordão
umbilical BCU Brasil e coordenadora do centro de pesquisa da instituição.
Já Irina Kerkis, do Instituto
Butantan, em São Paulo, chama a atenção para outra característica importante
das células do dente: a sua maior imunocompatibilidade em relação às células de
cordão. “A compatibilidade é semelhante ao que ocorre com o transplante de
medula óssea. Portanto, elas podem ser usadas por parentes e não parentes. Já
as células mesenquimais de cordão são mais problemáticas nesse sentido”, frisa.
Adriana Homem acredita que, a partir do ano que vem os bancos privados de
cordão já poderão receber também dentes. Já quanto à permissão para o uso em
tratamento de pacientes no Brasil, ainda é incerto. “Em um cenário otimista, eu
diria que, em uma ou duas décadas, talvez, os pacientes já tenham acesso ao
tratamento com células de dente, mas é apena s um palpite”, arrisca Poças
Fonseca.
Fonte: Uai
Ciência Vislumbra Imenso Potencial Terapêutico Dos Dentes De Leite
Quando a ciência começou a falar sobre
as células-tronco, as aplicações terapêuticas ainda eram uma incógnita.
Passadas mais de três décadas, o debate ético, religioso e científico continua
em aberto, mas alguns avanços são patentes. O material, que antes era extraído
do cordão umbilical e das células embrionárias (a fonte mais polêmica), agora
pode ser obtido a partir dos dentes de leite. Há muitas vantagens nessa
descoberta.
Os dentes são ricos em células do tipo
mesenquimal, raras no cordão umbilical. “As células mesenquimais são aquelas
que se derivam em qualquer tecido do organismo, mas são apenas 1% das células
do cordão, que têm na sua maioria células hematopoiéticas, que depois originam
células sanguíneas. Por isso, descobrir uma fonte abundante e de fácil acesso é
muito importante, porque elas podem ser usadas em qualquer doença que não as
sanguíneas”, explica Adriana Homem, diretora médica do banco de cordão
umbilical BCU Brasil e coordenadora do centro de pesquisa da instituição.
Já Irina Kerkis, do Instituto
Butantan, em São Paulo, chama a atenção para outra característica importante
das células do dente: a sua maior imunocompatibilidade em relação às células de
cordão. “A compatibilidade é semelhante ao que ocorre com o transplante de
medula óssea. Portanto, elas podem ser usadas por parentes e não parentes. Já
as células mesenquimais de cordão são mais problemáticas nesse sentido”, frisa.
Adriana Homem acredita que, a partir do ano que vem os bancos privados de
cordão já poderão receber também dentes. Já quanto à permissão para o uso em
tratamento de pacientes no Brasil, ainda é incerto. “Em um cenário otimista, eu
diria que, em uma ou duas décadas, talvez, os pacientes já tenham acesso ao
tratamento com células de dente, mas é apena s um palpite”, arrisca Poças
Fonseca.
Fonte: Uai